Estação Cabo Branco apresenta recital de
música clássica indiana
Com a chegada da primavera, o sitarista paulistano Ricardo Venerito fecha o ciclo da temporada em João Pessoa apresentando o recital de música indiana "O Raga do Pôr-do-Sol (Purya Gunkali), neste sábado(27), a partir das 16h30, no anfiteatro da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes. A entrada é gratuita.
A apresentação terá uma fusão de sons de instrumentos de vários países como Japão, África, Índia, Brasil, Grécia com as participações especiais de Alice Lumi(Koto), Soraia Bandeira(voz), Paulo Ró(percussão), Fernando Pintasilgo(marimbau) e Hélio Medeiros(sanfona), além de Ricardo Venerito tocando o instrumento musical indiano(Sitar).
Encantando com a natureza que se harmoniza com a moderna arquitetura da Estação Ciência, Venerito não resistiu ao cenário aberto com um céu multicolorido do entardecer no Parque do Cabo Branco, "um lugar com pôr-do-sol e a luz perfeitos para um recital de cítara indiano".
Ricardo Venerito – paulistano, citarista e multi-instrumentista, há 15 anos se dedica ao estudo das terapias vibracionais e da música clássica indiana – método Hindustani – Gharana Binkar; aluno de Alberto Marsicano, discípulo de Ravi Shankar e Krishna Chakravarty –Universidade de Benares - Índia.
A música clássica na índia é uma tradição milenar passada oralmente de mestre para discípulo. É uma arte secreta, restrita as gaharanas(linhagens de ensino musical), música, religião, ciência e filosofia inseparáveis desta civilização.
Raga – é uma seqüência melódica. O termo provém do sânscrito "ranja" que significa cor, portanto é aquilo que colore. O Raga possui um preciso período do dia a ser interpretado, a luminosidade e a coloração do céu determinam suas seqüências melódicas. Os sábios da antiguidade mapearam o universo sonoro e relacionam cada matiz de luz do dia com um som.
"No caso desta apresentação, o tom e o som da nossa melodia vão ser de acordo com o Raga do Pôr-do-Sol", finalizou Ricardo Venerito.

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Centenário - O grupo Jampakoto, se apresentou na Semana Cultural Brasil-Japão do Ceará, realizada em Fortaleza, nos dias 19/09, sexta e no SESC Dragão do Mar, antes do grande show, 20/09, sábado, no auditório central da UECE, durante a Caravana de Karaokê Brasil 2008.
Participação da ACBJPB na Semana Cultural Brasil Japão em Fortaleza/CE.
POR: Osvaldo HIROSHI Oashi
O grupo Jampakoto, se apresentou na Semana Cultural Brasil-Japão do Ceará, realizada em Fortaleza, nos dias 19/09, sexta e no SESC Dragão do Mar, antes do grande show, 20/09, sábado, no auditório central da UECE, durante a Caravana de Karaokê Brasil 2008. Com o conhecido estilo de aula-show, a professora Alice Satomi, diretora cultural da ACBJPB, e demais componentes do grupo, na oportunidade com Fernando Farias, Mayara Satomi Farias e Mioco Fueta, apresentaram inúmeras músicas para um público atento e diversificado, formado por crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, no hall de entrada do SESC. Ao final, o público entusiamado, cantou a música “Sukiyaki”, como é conhecida nos EUA ou “Ue o muuite”, conhecida canção japonesa dos anos 60 do saudoso cantor Kyu Sakamoto. O misto de música erudita, clássica e contemporânea, ficou marcante naquela apresentação – “Banzai!”. No dia seguinte, ou seja, na Caravana de Karaokê, o grupo apresentou somente uma música, cerca de 15 minutos, para um público igualmente interessado, porém estabanado, em função do calor permanente no auditório da UECE. Acompanhou também o grupo de koto, José Gomes, marido da Mioco e Sra.Satomi, mãe da Alice, “Daijobu data né”!.
Foi a partir das 20h, no anfiteatro Dragão do Mar, que se deu início o Grande Show do Centenário com o cantor Regis Miyashiro, procedente de São Paulo. Segundo o próprio, cantor formado pela insistência em cantar nos karaokês. O show foi um grande karaokê, com os clips e as letras das músicas, projetados em dois grandes telões. Todos puderam cantar sucessos do rock-pop nacional de Renato Russo, Paralamas, Legião Urbana, Los Hermanos...e músicas pop e enka japonesas, entre elas, “Natsu no owari no harmony” (Inoue Yousu & Anzen Chitai) e “Kanashimi ni sayonara” (Anzen Chitai), entre outras.
Após a apresentação do Regis, fui cumprimentar o organizador e mestre de cerimônia do show, Celso Sakuraba, secretário do Instituto Cultural Nipo-Brasileiro do Ceará. Trocamos algumas palavras e em seguida me pediu que o acompanhasse, foi quando entramos no camarim e fui apresentado a estrela da noite, o cantor Joe Hirata e o também ilustre Regis Miyashiro. O primeiro aguardando para entrar em ação e o segundo descansando após exibição – “ Yoroshiku onegai shimassu!”. Nesta oportunidade, o Celso, se referiu a mim como representante da ACBJPB e nos identificou como uma entidade já reconhecida no meio cultural e muito organizada, destacada ainda pela existência do site. Veja, nossa responsabilidade aumenta a cada dia. Aproveitei para tirar fotos com os dois artistas e avisei para ficarem de prontidão, pois em alguma oportunidade iríamos contactá-los.
Entre as duas apresentações, por duas horas, o grupo de taikô de Pilar do Sul/SP, executou batidas e coreografias simplesmente espetaculares que levantavam o público que os aplaudiam de pé a cada execução. Formado por adolescentes e jovens, foram cerca de 20 tambores (Okedo, Shime, Nagado-Daikô....), numa comitiva de 30 pessoas entre tocadores, pais e acompanhantes. Durante a apresentação o coordenador do grupo de taikô explicava em detalhes os acordes e posturas dos tocadores. Apesar de adolescentes, o preparo físico, a disciplina e a dedicação são fundamentais para o bom desempenho na busca da perfeição das batidas. Uma das atividades que contribuem para tudo isso, sem dúvida, é a pratica do Soran, coqueluche dos jovens por todo o Brasil, da qual o mesmo grupo protagonizava no palco, entre as apresentações de Taikô. Os alunos do curso de língua japonesa da UECE, que formam o grupo de dança Yosai Soran, também fizeram sua apresentação durante o grande show. Assistir a uma apresentação dessa natureza é de fundamental importância para quem deseja evoluir nesta arte, que mistura cultura, esporte e musicalidade, pois tem um ingrediente de cada um nesta atividade. Explicava o professor, as músicas apresentadas são como uma história e dependendo da força da batida ela representa a raiva, o entusiasmo, a alegria, a apreensão, a tristeza. Uma das músicas executadas, representava a briga entre dois bêbados, então isso refletia na batida descompassada e em seguida a batida violenta como resposta ao oponente.
Joe Hirata subiu ao palco às 23h, cantando músicas sertanejas, que é sua especialidade mais solicitada nos shows pelo mundo afora. Emocionou o público com a versão brasileira da música “Saigo no iwake” de Hideaki Tokunaga, “Kanpai” de Tsuyoshi Nagabuchi, interagiu com o público, distribuiu brindes e mostrou todo seu lado carismático, “Tsuboi dessu né!”, fechando brilhantemente o grande show do centenário.
No sábado à tarde pude acompanhar a Caravana de Karaokê Brasil 2008, na UECE, coordenada pela professora Laura Iwakami. Participaram 15 candidatos e ao chegar me inscrevi para um sorteio, seriam quatro sorteados, para cantar como convidado. Coloquei a música “Sarai” de Yuzo Kayama e Shinji Tanimura, para homenagear os cem anos da imigração no Ceará, mas infelizmente não fui contemplado e assim não pude fazer propaganda da ACBJPB. Mas, a Alice citou em sua apresentação, o início da nossa atividade junto ao curso de nihongo que certamente irá propiciar candidatos às próximas caravanas. Predominou músicas de anime e pop, com raríssimas enka, duas ou três, não havia vídeo, só áudio, e as performances eram as mais variadas, excelentes ou desafinadas extravagantes ou largados, letra na ponta da língua ou fila no papel, profissionais ou amadores, foi uma autentica festa hip-hop. Só houve um participante de fora, o Luciano de CEFET/RN, os demais todos do NLE/CE. Aos iniciantes que almejarem participar no ano que vem, atentem para decorar a letra da música, postura e comunicação com o público, e muito treino. Nada impossível de se conseguir em um ano, “Gambate kudassai”!.
Fonte:
http://www.acbjpb.org/relatos.htm