quinta-feira, 27 de março de 2008

ACBJPB no Programa Feminissima

ACBJPB no Programa Feminissima

Dia 26 de Março de 2008, foi exibida a matéria em que participaram os membros da ACBJPB - Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba (Evelyn Oashi, a miss nikkei pb, Jorge Oashi, vice presidente da acbjpb e Geraldo Guilherme, diretor de comunicações da acbjpb) no programa feminissima exibido no SBT pela Tv Tambaú, falando sobre o Centenário da Imigração Japonesa, cultura japonesa, o Miss Nikkei Brasil, a IV Feira Japonesa de João Pessoa, eventos e projetos futuros, entre outros assuntos. Confira nos vídeos abaixo:

ACBJPB no programa feminissima part1:
http://www.youtube.com/watch?v=Q8Sr-Oz-hLk



ACBJPB no prgrama feminissima part2:
http://www.youtube.com/watch?v=Ip-AN3SfJL8

sábado, 22 de março de 2008

Quebra – Cabeça 2008

O Rio Nikkei Seinenkai tem o orgulho de apresentar o:

Quebra – Cabeça 2008

O Quebra-Cabeça é um intercâmbio que tem como objetivo proporcionar oportunidades para que os seus participantes desenvolvam todo o seu potencial e capacidade, através de atividades e workshops.

Além do desenvolvimento pessoal, nosso outro foco é que o intercâmbio proporcione a troca de experiência entre seus participantes, possibilitando uma integração de todo o grupo, assim como uma maior interação com o Rio Nikkei Seinenkai.

Isso tudo de forma descontraída e divertida, sem perder a seriedade.

Este ano esperamos contar com a presença de jovens de diversas regiões do Brasil, por isso estamos entrando em contato com seinenkais do Rio, São Paulo, Minas, Espírito Santo, Paraná, Paraíba, Pará e Distrito Federal.

Pedimos para que aqueles que estão recebendo este e-mail façam a divulgação do evento dentro dos seus respectivos grupos-jovens e sondem o número de interessados para que possamos disponibilizar as vagas.

Data: dia 19/04 às 10:00hs até o dia 21/04/2008 às 14:00hs, pernoitando na associação durante o evento.

Local: Associação Nikkei do Rio de Janeiro

Rua Cosme Velho, No 1166 – Cosme Velho –

Rio de Janeiro - RJ

Enviar para e-mail: qcnikkei@gmail.com

Taxa: R$40,00 (incluído estadia e alimentação)

Pagamento: Será no dia 19/04 na recepção dos participantes

Contato para dúvidas: 8873-9821 (Roberto) e 8174-9029 (Marcelo)

Material a se levar:

- Roupas esportivas (evitar saia e saltos)

- Roupas de cama (inclusive cobertor)

- Produtos de higiene pessoal (sabonete, xampu, escova e pasta de dente e etc)

- Repelente

- Colchonete ou saco de dormir

- Biscoitos (opcional)

Contamos com a presença de todos.

Atenciosamente

Marcelo Eiti Banja

Coordenador - Quebra Cabeça 2008

Rio Nikkei Seinenkai - Associação Nikkei do Rio de Janeiro

Site:

http://www.nikkeirj.com.br/seinenkai/httpdocs/index.html

domingo, 16 de março de 2008

Seinen e acbjpb news 1

ACBJPB na TV Tambaú

Na próxima semana a ACBJ-PB estará na TV Tambaú, falando da cultura japonesa com ênfase no Centenário da Imigração.
Na terça-feira gravaremos no programa Feminíssima com a Miss Nikkei, às 14:30h. Será exibido na quarta-feira. Falaremos do concurso, da sua importância e tentaremos atrair patrocinadores e ainda divulgaremos o Centenário e a Feira.
Na quarta-feira gravaremos no programa Delícias do Chef, às 10:30h. Será exibido na quinta-feira. Apresentaremos um prato da culinária japonesa. Pode ser temaki, sashimi, sushi, etc... e tem que levar os ingredientes e material.
O primeiro interessado associado que levantar a mão, ou seja, entrar em contato com a Dir.Com, tem o lugar assegurado. É uma forma de divulgar o seu trabalho e a cultura japonesa.
Contato: comunicacao@acbjpb.org e 3258-1391
Obs: Enviar mail com cópia para ggcarsan@oi.com.br
Prazo: até sábado ao meio-dia.
Saudações,
Dir.Com
Repassado pela Coordenação de comunicação do Seinenkai Jampa.

Convite do Kaikan de Mossoró

Caros Associados, repassamos mensagem oriunda da kaikan de Mossoró - RN.
att.
Dir.Com
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Prezados Companheiros,
Boa tarde,

Dando continuidade às atividades programadas para as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, informamos que os nossos companheiros de Mossoró irão realizar no PRÓXIMO DIA 12 DE ABRIL (SABADO), às 17:00hs, o Festival do Centenário com a participação de 2 Grupos de Taikô (Shinkyo, formada por ex-integrantes do Grupo Harmonia-SBC e Kaito de Taubaté), além da consagrada cantora Karen Ito.

Existe disponibilidade de cerca de 30 convites para as pessoas de Fortaleza .

O evento ocorrerá no Theatro Dix Huit Rosado no Centro da cidade de Mossoró- RN.

O custo unitário é de R$ 15,00.

Cada participante deverá se deslocar e providenciar a hospedagem por sua PRópria conta.

.

Aproveito a oportunidade para informar alguns hotéis existentes em Mossoró:

1. Hotel Thermas. F(84) 3422.1200 site: www.hotelthermas.com.br. Diárias em torno de R$ 300,00
2. Hotel Villa Oeste F(84)3317.5533 site: www.villaoeste.com.br . Diárias em torno de R$ 125,00
3. São Luiz Plaza Hotel F(84)3316.9060 site: www.saoluizplaza.com.br. Diárias em torno de R$ 125,00
4. Sabino Palace Hotel F(84)3323.0800 site: www.hoteissabinopalace.com.br Diárias em torno de R$ 100,00

Existem hotéis com custos menores. Clique em : http://www.hotelinsite.com.br/procura/resultado.asp?cid=mossoro

Aguardamos informações sobre a quantidade de convites necessários para que possamos providenciar as reservas.
Grato,

Celso Sakuraba
Secretário - ICNB-CE


16/03/2008 - 17h37
Cultura pop nipônica se integra ao cenário paulistano
Faz cem anos que o Japão desembarcou no Brasil. Faz cem anos que o Japão continua chegando ao Brasil. Só que, no lugar das velhas e boas tradições, os frutos mais frescos da cultura nipônica vêm agora sob a sigla do pop, reafirmando traços de uma produção mais urbana: mangás, grafites, festas de música eletrônica com pegada oriental, moda subversiva, além do mundo dos games e do rock.

O livro "Japop - o Poder da Cultura Pop Japonesa" (Editora NSP, 352 págs., R$ 39,99), de Cristiane Sato, lançado em 2007, faz um apanhado dessa onda que invadiu a cidade por meio de um boom de eventos dedicados principalmente aos quadrinhos japoneses e às competições de cosplay, espécie de concurso de fantasia, com personagens de animes (animação japonesa).

"O pop japonês, no Brasil, surgiu quase ao mesmo tempo em que no Japão, na década de 50/60, pelas mãos dos próprios descendentes, de nisseis e sanseis. Mas foi ignorado pela indústria cultural, até que a Europa e os EUA jogaram o foco das atenções sobre ele. Hoje virou moda no mundo todo", explica a autora.

Com as comemorações pelos cem anos da imigração japonesa, o chamado j-pop promete ficar ainda mais em evidência. Artistas do gênero estão com suas agendas mais cheias, como atestam músicos, grafiteiros e performers entrevistados pela Revista da Folha.

Grafite

Neste fim de semana, a galeria Choque Cultural, reduto paulistano de arte de rua, colocou mais lenha na fogueira, com a exposição "Japan Pop Show", coletiva com 12 jovens artistas nisseis e japoneses. À frente da organização, o grafiteiro Titi Freak, 33 --que ganhou destaque após ter grafitado a lateral de um edifício em Berlim, na Alemanha, durante a última Copa do Mundo, a convite da Nike-- traz uma bagagem que começou a rascunhar 20 anos atrás.

Foi aos 13 que ele resolveu mandar seus desenhos para o autor de quadrinhos Mauricio de Souza. Logo, foi chamado a integrar a equipe do desenhista. "Fiquei sete anos lá. Saí porque não agüentava mais a Turma da Mônica", brinca.

Na seqüência, Titi passou a fazer capas de CDs e flyers para festas de hip hop, até partir para o grafite, que ele mostra em uma rápido passeio pelo bairro da Liberdade, onde está a maior parte de seus trabalhos. No ano passado, também foi convidado a grafitar o túnel que liga as avenidas Paulista e Dr. Arnaldo, em projeto promovido pela prefeitura.

No início de 2007, passou três meses no Japão, "estudando" a arte de rua nipônica. Mas, lá, não exerceu seu ofício a céu aberto com tanta dedicação, porque a polícia japa não dá bobeira. "É proibido grafitar, com raras exceções. Tanto é que os artistas japoneses que eu chamei para a exposição estão secos para chegar aqui e ir para as ruas", conta.

Cosplay

Esses traços da cultura pop do Japão não ficaram restritos à comunidade japonesa. Os irmãos Maurício, 22, e Mônica Somenzari Leite Oliva, 20, exemplificam bem esse "contágio".

São apaixonados pelo cosplay, contração das palavras inglesas "costume" (fantasia) e "play" (jogo, brincadeira). Ou seja, gostam de imitar, com roupa, cabelo e maquiagem, seus personagens favoritos do mangá e do anime.

A dupla foi campeã do World Cosplay Summit, na primeira vez em que houve etapa brasileira, promovida pela editora JBC, em 2006. Como representantes do país, eles passaram dias de estrelato no Japão, onde acontece a final do concurso realizado pela TV Aichi. Participaram de uma parada cosplay pelas ruas de Nagoya e deram incontáveis entrevistas, depois de se tornarem campeões.

Maurício foi o primeiro a se encantar com a brincadeira. Curtia desenho japonês desde pequeno, principalmente "Sailormoon", exibido pela TV Manchete. Em 2002, foi a um evento de anime e encontrou seu "verdadeiro" eu. "As fantasias tinham um nível de perfeição incrível", conta. No festival seguinte, resolveu arriscar. "Foi difícil. Eu era tímido."

Mas, com o apoio da irmã mais nova, Mônica, ele conseguiu dar a cara a tapa. "Desde que conheci o cosplay, não parei mais. Para mim, não tem graça ir a evento sem fazer cosplay", diz ela, que, no início, também morria de vergonha.

Em seus quartos, os irmãos guardam 40 personagens diferentes, confeccionados por eles próprios. Como Rosiel e Alexiel, da série de mangás "Angel Sanctuary", sobre dois irmãos que vivem uma relação proibida.

Cada um deles, com três asas gigantes. Toda a família foi mobilizada para que fossem produzidas as fantasias, com penas brancas. Para transportá-las é uma ginástica. As peças chegam a ocupar todo o porta-malas e o banco traseiro de um carro médio.

Música

As interfaces do pop com a música também rendem bons acordes. A ponto de, na orla de festas e sites sobre o assunto (o www.jpop.com.br é um dos mais cotados), brasileiros sem vínculo nenhum com o Japão mergulharem na idéia.

Até alguns meses atrás, Eduardo Capelo da Costa, 25, costumava cantar em japonês "de ouvido". Agora, ele está estudando o idioma, para cantar com mais propriedade no grupo J-Squad, no qual é um dos vocalistas.

Eduardo é o único totalmente "gaijin" (estrangeiro) da banda, formada em 2005 pelos irmãos César Hirasaki, 24, e Felipe, 23, e por seus amigos de infância Kenji Kihara, 23, e Marcelo Basso, 24. Eles tinham participado de um conjunto de pop rock que apresentava canções em inglês e que não deu muito certo. Como gostavam das animações e estavam sem exercitar a música, começaram a tocar os temas dos animes.

Faltava o vocalista. Tanto Eduardo quanto Verônica Saratani Huang, 21, mestiça de japonesa com chinês, entraram no grupo depois de serem vistos num animekê --o karaokê em que são interpretadas faixas dos animes.

Foi no mesmo evento que conheceram a tecladista Denise Maria de Carvalho Yamaoka, 25. Logo surgiu o primeiro convite para tocar em um evento de anime, coisa que eles continuam fazendo uma vez por mês. "Lá, 95% das pessoas não têm ascendência japonesa", diz César. "A maioria nem entende o que dizem as letras."

Mangás

Para fechar a salada nipo-brasileira, nada melhor do que um baiano autor de mangás. Marco Alemar, 43, desenhista que se mudou para São Paulo em 2002 e, conduzido pela filha Joana, uma garota viciada em anime e mangás, hoje com 14 anos, acabou mergulhando de cabeça no j-pop.

Uma de suas séries anime, "Pixcodelics", é exibida hoje pela Disney Jetix, no Japão. E, no ano passado, Marco também lançou, pela editora Conrad, o livro em quadrinhos "BigHatBoy", que pode ganhar seqüência ainda neste ano.

Para ele, a marca principal do desenho japonês não está mais naquelas figuras humanas de olhos grandes e de bocas e narizes pequenos. "Isso mudou. O artista japonês, hoje, considera essa estética ultrapassada", afirma.

O que persiste como fundamento, de mangás e animes, segundo o autor, é que o herói japonês, ao contrário do herói americano, não ganha seus superpoderes de forma tão gratuita. "Eles têm de lutar, vencer barreiras, para chegar lá. Ganham seus superpoderes por auto-superação. Não é como o Homem-Aranha ou como o Superman", avalia.

No meio do caminho entre Brasil e Japão, essa turma encontrou um jeito pop de criar os seus heróis.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2008/03/16/ult4738u8067.jhtm


Kangekai (Boas-vindas) ao Embaixador do
Japão, sr. Minouchi

Dia 27 de Fevereiro, quarta feira, a ACJR ofereceu um jantar de boas vindas ao embaixador do Japão. Da Paraíba foram: Adachi-sam, Sato-sam, Tomyuki, Marcel, Osvaldo Oashi, Alice, Anna Alice, Marcos Arakaki e eu.
O jantar foi informal, pois a programação oficial do embaixador iria começar no dia seguinte com a abertura das festividades de comemoração do centenário em Pernambuco.
Na oportunidade, ao conhecer o embaixador, o convidamos verbalmente para a nossa feira.
Rodolfo Manabe

Kangekai photo1:
http://img260.imageshack.us/img260/9548/9020283ap0.jpg



Kangekai photo2:
http://img260.imageshack.us/img260/8629/9020285hi8.jpg



Kangekai photo3:
http://img260.imageshack.us/img260/4462/9020298rz7.jpg



kangekai photo4:
http://img260.imageshack.us/img260/9121/9020299ea9.jpg



kangekai photo5:
http://img260.imageshack.us/img260/286/9020300vh9.jpg



Kangekai:
http://www.youtube.com/watch?v=q40LS1vogC8

sábado, 15 de março de 2008

Considerações organológicas sobre o Taiko

por
Alice Lumi Satomi (1)

O signicado da alma do taiko é:
‘a confirmação da nossa vitalidade e do grito da nossa alma’;
‘o compartilhamento de sentimentos com os próximos’;
‘o estímulo e o encorajamento recíproco’.
Daihachi Oguchi (s. d.: 4)(2)

Preliminarmente, convém ressaltar que organologia é o estudo dos instrumentos musicais, enfocando não somente a estrutura e possibilidades do instrumento, mas também o seu entorno geográfico, histórico e sócio-cultural.
O taiko figura entre os instrumentos mais difundidos e tocados fora do Japão. No Brasil, desde a voga do Olodum – sem pretender apontá-lo como causa – venho notando uma proliferação na adesão à “alma do taiko”, principalmente por parte dos jovens, que como se pode inferir na expressão do professor Oguchi, antes de ser uma opção musical, trata-se de uma atitude de vida. É preciso frisar que ele foi “o introdutor do sistema coletivo múltiplo [grupo de taikos variados], em 1951” (op. cit.: 6), no contexto histórico do pós-guerra. Assim, as palavras “vitalidade, compartilhamento, estímulo e encorajamento”, refletem fortemente o espírito de reconstrução da auto-estima de um país semi-destruído pela segunda guerra. Hoje, segundo o etnomusicólogo londrino David Hughes(3) (1983: 501) “essas ‘orquestras’ de taiko desempenham o papel de gerar o espírito da aldeia ou do povoado”, ou seja, de identidade local, sentimento de coletividade e pertencimento.
Grafa-se o termo taiko com os kanji (ideogramas) 太 tai, supremo, e 鼓 ko tambor, designando os tambores em geral, sobretudo o membranofone, cujo principal elemento vibratório é uma membrana de couro. Quando o termo é um sufixo, torna-se daiko, como por exemplo, wa-daiko 和太鼓, para todos os tambores nacionais, tsuri-daiko, para todos os tambores suspensos, 大太鼓, ō-daiko, para o tambor grande, 平太鼓 hiradaiko, para o tambor cilíndrico, nodaiko, para o tambor utilizado no teatro no, entre outros. Os tipo mais comuns são o 桶胴太鼓 okedō-daiko, e o締め太鼓 shime-daiko.
A leitura isolada do ideograma 鼓, ko, é tsuzumi, outro nome genérico dado aos tambores japoneses, ou especificamente, é o tambor do conjunto do teatro no, que se toca com o instrumento apoiado no ombro direito do executante. O ideograma ko apresenta do lado esquerdo o kanji yorokobi, alegria. Por isso os professsores de taiko costumam recomendar que o aluno aproveite a alegria de tocar, transmitindo esse contentamento para o espectador.
A maioria dos tambores japoneses apresenta uma membrana em cada extremidade do corpo: uma para tocar e outra para ressoar ou tocar (pelo mesmo percussionista ou outrem). Essas peles são geralmente bovinas ou equinas. A caixa de ressonância ou “corpo pode ser feito com madeiras diversas, zelkova, sândalo, pinheiro, cerejeira, etc.” (Hughes 1983: 501). Com exceção do hiradaiko e shimedaiko, de corpo cilíndrico reto, todos os taiko possuem o corpo em formato de barril. Diferentemente do tsuzumi 鼓, corpo em forma de ampulheta, cujo couro de potro é golpeado com os dedos, todos os tambores taiko são percutidos com baquetas denominadas bachi.
Há uma grande variedade de diâmetros e comprimentos entre os tambores com membranas duplas, os maiores deles são encontrados entre os ō-daiko, tsuridaiko e hiradaiko. Mas diferença principal reside na forma de prender o couro no corpo ou anel: nos tambores em forma de barril, as peles são presas diretamente ao corpo através de tachas; nos tambores cilíndricos ou em forma de ampulheta, as peles são presas num aro com diâmetro maior que o corpo, e são afinadas, geralmente, apertando os cordões atados aos aros. Neste tipo de aro, além do okedō-daiko, temos o dadaiko, utilizado na música da corte gagaku, o kakko, utilizado no nagauta, o shimedaiko, no teatro no e daibyōshi, nas manifestações folclóricas.
Os taiko podem ser tocados em diversas posições e ângulos.

CLASSIFICAÇÃO

Pelo exposto acima e a explanação de Oguchi (s. d.: 14-27), os taikos podem ser classificados quanto à(o):

no chão (sueokigata)
a. apoio suspenso
seguro pelas mãos (hôchigata)
nos ombros (shôsangata)
b. quantidade de membranas simples (uchiwa-daiko e paranku)
dupla: taiko e tsuzumi


c. origem do couro vaca, boi
cavalo ou potro

cilíndrico
d. formato do corpo barril
ampulheta
e. forma de extração mãos ou dedos
sonora baquetas

horizontal (yoko-oki)
f. posicionamento vertical (tate-oki)
inclinado (naname-oki)

individual (solo)
g. tipo de conjunto coletivo simples taikos homogêneos
coletivo múltiplo variedade de taikos

com tachas byōshi taiko

h. forma de prender com cordão (shime-daiko)
com aro metálico
sem aro metálico
o couro costurado sobre a moldura de ferro ou de madeira 内輪太鼓 uchiwa-daiko
com parafusos e porcas
i. tamanho do comprido
長胴太鼓 nagadô
corpo curto 締め shime

UTILIZAÇÕES E REPRESENTAÇÕES

Os registros mais antigos de taiko encontrados no Japão, de dois mil anos atrás, foram nas imediações do lago Nojiri e ruínas de Togariishi. Como a primeira região era farta de elefantes, presume-se que o instrumento servia para ser tocado, enquanto o caçador emitia gritos para atacá-los. Na segunda localidade foram encontradas “peças de barro, onde presume-se que estas eram revestidas de couro [..] servindo como ferramenta para a permuta de mercadorias”, prossegue Oguchi (s.d.: 3), inferindo que os antepassados utilizariam o taiko para a comunicação à distância e expressar sentimentos de alegria, ira, tristeza e prazer.
Por ser um instrumento essencialmente rítmico, servia para homogeneizar a marcha dos soldados e, em algumas regiões do país, ainda se mantém a tradição de anunciar as horas do dia para o povoado. Oguchi (s.d.: 5) ressalta que para entender a origem de muitos toques atuais
não podemos ignorar o jindaiko, tambor de guerra, que os comandantes da era bélica inventaram com o intuito de conquistar e fazer emergir a força mística que o taiko possui para levantar a moral dos comandados, [...] com a finalidade de elevar o espírito e estimular a coragem dos combatentes durante a guerra, iludindo e afugentando os inimigos.

O verbete “taiko” do Wikipédia(4) reforça o seu uso militar:
No Japão feudal, taikos eram frequentemente usados para motivar as tropas, para ajudar a marcar o passo na marcha e para anunciar comandos e embates marciais. Ao se aproximar ou entrar no campo de batalha, o taiko yaku [toques de tambor] era responsável por determinar o passo da marcha, usualmente com seis passos por batida do tambor.
De acordo com uma das crônicas históricas (o Gunji Yoshu), nove conjuntos de cinco batidas servia para levar um batalhão à batalha, enquanto nove conjuntos de três batidas aceleradas três ou quatro vezes e seguidas pelos gritos "Ei! Ei! O! Ei! Ei! O!" era a chamada para avançar e perseguir o inimigo.

Após essas suposições remotas de sobrevivência, temos as reminiscências da utilização do tambor como instrumento religioso. Em várias culturas o tambor tem o poder do transe ou encantamento, como por exemplo nas cerimônicas xamânicas ou rituais afro-brasileiros, como o candomblé e umbanda. No Japão, o taiko também está sempre presente nos templos, pois ele é considerado a morada dos antepassados e dos deuses, servindo como instrumento de comunicação ou ligação com tais entidades sobrenaturais. Na própria mitologia consta a versão de que o tambor serviu para atrair a deusa sol Amaterasu – que havia se escondido numa caverna e deixado o mundo nas trevas, após ter sido contrariada por um de seus irmãos – trazendo de volta a luz do dia.
Nos dias de hoje, o taiko é protagonista de festividades ou matsuri de várias localidades, pois acredita-se que serve para acalmar ou exorcizar os espíritos perturbadores ou inquietos.
Calcula-se que a arte do taiko foi introduzida, quando a música japonesa sofria influência da cultura chinesa, via Coréia, no período Asuka, por volta do século VII, pouco depois de adotar a escrita e o budismo. Oguchi (s.d.: 6) complementa:
O taiko foi adquirindo sons e movimentos típicos tornando-se um instrumento musical utilizado no teatro, em especial no kabuki. A partir da era Edo [secs. XVII à XIX] difundiu-se na música folclórica. A partir de então, surgiram em outras regiões do país os diferentes estilos de taiko, com diversas denominações alusivas aos nomes dos respectivos locais ou aos nomes das festividades.
O professor elucida também que o taiko já ultrapassou a fronteira da tradição folclórica e, através do seu avanço de recursos e timbres conquistou a sua inserção na música artística contemporânea e internacional.

(1) Professora dos cursos de Educação Musical e do Programa de Pós-Graduação em Música (etnomusicolo-gia) da UFPB, onde coordena o Núcleo de Pesquisa e Documentação de Cultura Popular (NUPPO).
(2) Oguchi, Daihachi. Sem data. Manual de taiko. Traduzido por Artur Nakahara. Sem local: Confederação Japonesa de Taiko, sem data.
(3) Hughes, David. The New Grove Dictionary of Musical Instruments. 3 vols. London: Macmillan, 1984.
(4) http://pt.wikipedia.org/wiki/Taiko , acessado em 26 de novembro de 2007


taiko 1:
http://img341.imageshack.us/img341/7369/taiko1zq0.jpg

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QuickPost

taiko2:
http://img341.imageshack.us/img341/3469/taiko2xz1.jpg




taiko bambu:
http://img341.imageshack.us/img341/8247/taikobambuup3.jpg



Grupo de Taiko de João Pessoa (III Feira Japonesa de João Pessoa 2007):
http://img166.imageshack.us/img166/1826/iiitaikopqoi6.jpg



Grupo de Taiko de João Pessoa (RPG & Cultura 2007):
http://img142.imageshack.us/img142/7672/rpgimg9724adm0.jpg



Reportagem sobre o Taiko Jampa ACBJPB:
http://www.youtube.com/watch?v=t3jONJ8w5Og

quinta-feira, 13 de março de 2008

Seinen Plays

Rádio Seinen Jampa:
Link Direto:
http://www.animeforces.com/sites/radio/radio.asp?id=12086



Seinen sniper:
http://www.pictogame.com/play/game/mTOaibhEELQl_seinen-sniper

code:


Seinen Halloween:
http://www.pictogame.com/play/game/Othbfcy0sUg5_halloween

code:


Seinen Chute:
http://www.pictogame.com/play/game/7JEgf3QbUQsb_seinen-jampa-hero

code:


Anna's Kisses:
http://www.pictogame.com/play/game/5P4LOlxlemMZ_anna-s-kisses

Code:


As espinhas de Chuck:
http://www.pictogame.com/play/game/MhRJzaXyt3pK_chuck-espinhas

code:


Bruno's Dance:
http://www.pictogame.com/play/game/LxRoT6MyCYIK_bruno-s-dance

code:


Gonzaga's Metal:
http://www.pictogame.com/play/game/2GfYk7LhfhZQ_gonzaga-s-metal

Code:


Seinen Dollar Brick:
http://www.pictogame.com/play/game/dXmDcoed9YLR_seinen-dollar-brick

Code:


Seinen Quiz:
http://www.pictogame.com/play/game/ocrRMIRj9wVb_seinen-quiz

Code:


Seinen Puzzle:
http://www.pictogame.com/play/game/BWKQWyEY0aRe_seinen-puzzle

Code:


Seinen Choko:
http://www.pictogame.com/play/game/SRCg1Vwtifri_seinen-choko

Code:


Seinen Arm Fight:
http://www.pictogame.com/play/game/spnM7Au5rqCZ_seinen-arm-fight

Code:


Seinen campa2:
http://www.pictogame.com/play/game/pgwAgeNXLgby_seinen-camp-2

code:


Squish:
http://www.pictogame.com/play/game/aQYn69WE49fY_squish

Code:


Seinen camp1:
http://www.pictogame.com/play/game/r42AQYwTx7cF_seinen-camp-i

code:


Seinen Dynamite:
http://www.pictogame.com/play/game/y7ARIWWvbDRX_seinen-dynamite

Code:


Fotoblog Seinenkai e acbjpb;
http://seinenkaijampa.nafoto.net/index.html

domingo, 9 de março de 2008

Breve histórico do Seinen Jampa (Seinenkai de João Pessoa)

Breve histórico do Seinenkai Jampa

Seinen – maioridade, mocidade

Kai – reunião

Com a junção dessas palavras pode-se entender a atividade e o objetivo desse grupo de jovens formados por nikkeis e não descendentes de japoneses.

Encontrados em todo o Brasil, com maior densidade nas regiões Sul e Sudeste, os seinenkais estão ligados, geralmente, a uma associação japonesa e formam a parte jovem desta associação. Tem como objetivo geral a integração e difusão da cultura japonesa aqui no Brasil, e o fazemos através de atividades de lazer, esportiva, social e cultural.

Nosso seinenkai está diretamente ligado a ACBJ-PB, nossa Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba, fundada em 2004 na cidade de João Pessoa – PB, mas só a partir de 2006 o seinenkai começou a ser estruturado.

Na verdade, tudo começou com um encontro de jovens nikkeis que aconteceu em Julho de 2006 em Recife – PE, onde um grupo de cinco jovens residentes na Paraíba foi conhecer outros jovens do Nordeste que possuíam uma característica em comum: a presente cultura japonesa. A partir de então, o resgate a essa cultura milenar foi sendo primordial. Nosso interesse começou também na admiração dos jovens, principalmente os de Recife, que possuíam um círculo de amizade intenso, e conseqüentemente uma admirável aptidão para lhe dar com as atividades do seinenkai junto aos seus trabalhos e estudos particulares e ainda garantir essa integração espantosa.

Foi assim que a vontade nasceu, e aliada a essa força, uma mãozinha dos seinenkais de Recife, Petrolina, Juazeiro, Salvador e Maceió...! O grupo cresceu e hoje somos um verdadeiro seinenkai, realizamos atividades mensais distribuídas entre social, lazer e cultura, temos reuniões semanais onde discutimos, brincamos e interagimos. Somos corpo da nossa associação, alguns membros mais antigos do seinen fazem parte da diretoria da ACBJ-PB, assim podemos opinar e saber de perto o andamento da nossa comunidade.

E como qualquer seinen, viajamos BASTANTE, temos um grupo de taiko e estamos conseguindo difundir a cultura japonesa aqui na Paraíba e conhecendo mais sobre a mesma.!

Enfim, somos essa mistura de sushi com rubacão!

Aninha Manabe

Seinenkai Jampa desde 2006:

Atualmente, o Seinen Jampa é uma organização que está se desenvolvendo, aumentando o número de membros e associados, promovendo eventos culturais para a acbjpb, bem como planejando, organizando encontros e outras atividades que englobam desde caminhadas, churrascos, festas, culinária japonesa, atividades de arrecadação e ações sociais , até mesmo integração com outros seinenkais de outros estados, embaixadas e consulados do governo do Japão no Brasil, participação das atividades e eventos no kaikan do Recife, como undokais, festas juninas, bonenkai e bon odori, etc.

Apesar de não ter sido registrado, vários eventos promovidos pelo seinen jampa que ocorreram desde 2006 como exibição de filme no auditório do Instituto kumamoto no ano passado, bem como participação em vários eventos do Recife, e no final de 2006 e 2007 com a nova parceria do Instituto kumamoto e a possibilidade de possíveis investimentos em projetos, acabou pela acbjpb ajudar na formação do grupo de taiko e de novos cursos de idiomas, o seinen jampa fez ainda no começo de janeiro de 2007 uma caminhada com os membros da associação e até mesmo uma programação junto com a acbjpb uma visita ao museu de Brennand e ao zoológico Dois Irmãos em Recife em Fevereiro. Somente a partir de Março de 2007 é que foi sendo registrado as reuniões e alguns eventos que eram realizados pelo seinen jampa, no entanto é possível que muitos eventos que foram promovidos pelo seinen não estejam registrados.

Eventos como organização dos ornamentos e enfeites para a terceira feira cultural da acbjpb foram registrados, no entanto eventos como participação em programas de tvs e jornais locais não foram registrados, mas foram comentados em pautas, por e-mail, internet e discussão entre os membros.

O futuro do seinen jampa parece ser amistor e incerto ao mesmo tempo, uma vez que seus membros mais antigos já eram considerados como “velhos demais para formar um seinenkai” e que pelo menos dois estão pensando em trabalhar no Japão como dekasseguis, então fica difícil administrar o seinen jampa sem seus líderes ou mesmo com suas ausências, mas com a chegada de novos membros para o seinen jampa, o grupo parece ter ganho uma nova explosão de força da juventude, que apesar da maioria não ter nenhuma descendência ou ascendência japonesa, são de fato amantes ou simpatizantes da cultura japonesa, e estão trabalhando com afinco em projetos como a criação do novo site do seinen jampa (http://www.seinenjampa.org), a festa do macarrão e do concurso da miss nikkei PB, bem como a preparação do próximo encontro dos seinenkais de NE para 2008, época em que ocorrerá as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. E sempre que possível estamos realizando reuniões semanais para discutir e exercer atividades e eventos que possam atingir os objetivos do seinen e da acbjpb.

OBJETIVOS:

  1. motivar a participação cada vez mais dos jovens nikkeis e dos apreciadores da cultura japonesa em seus grupos;
  2. integrar e estreitar cada vez mais, os laços de amizade entre os jovens de diferentes cidades, associações e grupos;
  3. promover a união entre as comunidades japonesas do NE;
  4. propagar e perpetuar a cultura japonesa nos grupos de jovens nikkeis;
  5. conscientizar o grupo e a comunidade sobre a importância de ajudar a investir em cultura, bem como o seinenkai e a associação;
  6. promover a máxima integração da comemoração dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil;